quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Gastronomia - Ode à Cozinha











Sou mais doceira e cozinheira
do que escritora, sendo a culinária
a mais nobre de todas as Artes:
objetiva, concreta, jamais abstrata
a que está ligada à vida e
à saúde humana.
(trecho do poema: Cora Coralina, Quem É Você?)

A cozinha sempre me acompanhou, desde pequeninha. Tenho até hoje uma cicatriz na perna que ganhei aos 4 anos por estar sentada na pia mexendo uma panela de doces. Sempre gostei, adorava brincar de cozinheira e inventar receitas com ingredientes de verdade (meus pais que o digam, até hoje sofrem ao experimentar minhas invencionices), algumas das minhas melhores histórias da infância são ligadas a cozinha: receitas mal sucedidas (como o dia que derrubei o saleiro inteiro na massa do pão e não contei para ninguém), festas de boneca com brigadeiro de verdade (eram as mais famosas da rua por serem as únicas que a gente não precisava simular mastigas bolo de plástico) e tantas outras.



Tive algumas mestras, a primeira delas foi a Tia Alice, uma tia libanesa idosa da minha mãe que morou conosco por anos. Ela me ensinou a fazer iguarias árabes como kibe cru, charuto e chichi barak, uma receita que demorava 3 dias pra ficar pronto e era (é) meu prato favorito, mas também aprendi a fazer pipoca, brigadeiro e outras guloseimas de criança. Um pouquinho mais velha tive a Vó Geny, sempre muito prática com receitas rápidas e fáceis, as vezes tão fáceis quanto pegar o telefone e pedir para o moço da padaria entregar. E sempre tive minha mãe no convívio cotidiano e nas coisas básicas: arroz, feijão, carne de panela, como usar panela de pressão (instrumento que até hoje tenho medo) e outras coisinhas diárias. E, mais recentemente, a Vó Coraly, uma senhorinha de 80 anos que passou a vida toda dentro da cozinha.
No meu aniversário de 16 anos ganhei dela um caderno com todas as receitas da família, tem de tudo: bolo, doce, carne, panqueca, suffle, etc. Toda vez que eu quero passar um tempinho com ela invento que preciso de ajuda numa receita e vou para sua casa..



Desde pequena soube que trabalharia com isso quando crescesse. Na verdade, sempre trabalhei. E, agora, aos pouquinhos vou realizando o sonho de ter uma doceria. Ela se chama “Dona Cora”, em homenagem a minha queria avó e mentora, e oferece docinhos para momentos em família, festinhas, festonas e grandes eventos. São todos feitos por uma neta que aprendeu a cozinhar com o carinho de avó. Os sabores são muitos: brigadeiros e beijinhos simples, com nozes, pistache, cereja, coco, uva, e o que mais a sua imaginação permitir, é só pedir!

Ficou interessado? Manda um e-mail que te mando o cardápio.


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